quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Crítica de Leitor: «Junho»

«Meio ano passou, as pistas acumulam-se mas as dúvidas aumentam, o que estará por detrás do Enigma de Ormond é a derradeira questão e a chave para todos os problemas.
Junho é um mês de busca, de esperança, de que com a aquisição da Jóia de Ormond cheguem novas respostas para o nosso jovem e inocente protagonista.
Com amigos fiéis Cal não pode ceder ao desespero e, entre mortos e ferimentos, o mistério permanece e ainda existem pela frente 214 dias para sobreviver, nunca o tempo pareceu tão longo e a perspectiva de vida tão curta.
Se por um lado o nosso protagonista tem quase a certeza de que a Jóia está nas mãos de Siglo, o perigo que acarreta reavê-la quase não justifica o seu fim e, como se isso não basta-se, cada nova peça deste intricado puzzle vem acompanhada de novas dúvidas.
Com os riscos cada vez mais elevados e a habituação ao mal-estar constante, este não é de todo um mês negativo para Cal, ou pelo menos assim julgava o nosso rapaz, até uma nova mentira se juntar à teia complexa que se tornou a sua vida.
A família é parte ausente neste sexto livro mas por outro lado os companheiros de luta mantêm-se sendo cada vez mais cruciais para a sobrevivência de Cal. Boges é um personagem que tem cada vez mais em relevo, pois não só é uma das fontes de sobrevivência do nosso protagonista como é inteligente e um amigo incansável, mas os perigos começam a aproximar-se cada vez mais deste jovem amigo e é impensável imaginar Cal sem o seu auxílio.
Repro é mais uma vez repetente nesta trama e vamos poder contar novamente com os seus truques e habilidades para benefício de Cal, mas é impossível não reflectir, de onde vem e qual o seu passado é algo que estamos longe de descobrir.
Com um momento de especial ternura entre Callum e Winter esta é também uma personagem que provoca sentimentos ambíguos, nada é certo neste destino e o medo já faz parte constante do passar do tempo.
Neste mês de Junho Gabrielle Lord conseguiu mais uma vez diversificar a obra, não apenas com os clichés aos quais já nos habituou, o contra-relógio e a velocidade célere da narrativa, mas também pela entrada e saída de intervenientes bem como a diversidade de lugares percorridos pelo nosso jovem. Mas cenários à parte, é importante reafirmar que uma nova peça crucial se poderá juntar ao material de investigação que Cal já reuniu, até que ponto ela será esclarecedora isso é algo que ainda teremos mais seis livros pela frente para descobrir.
Setembro está a terminar e Outubro já está a porta, para quem segue de perto esta aventura é indispensável deixar escoar o tempo e aguardar por um final que promete conquistar muitos leitores.»
Histórias de Elphaba

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